A Patrulha da poeira



Depois da destruição total da minha primeira moto, uma Gullivetti, passei mais de uma década, andando em motos de amigos, esporádicamente.

Em 1988, tendo comprado uma chácara na cidade de Valinhos-SP, em um condomínio rural com 5 milhões de m², para circular pelas estradas internas, comprei uma Mobillete, depois veio a segunda,a terceira e a quarta.

Era tudo maravilhoso até que, fazendo uma visita à "Madia" concessionária Yamaha, na cidade de Valinhos, comprei três, TT-125, que somadas a duas Agrale Elefantre 16.5, formavam um frota que eu e meu cunhado, chamavamos de "Patrulha da Poeira".

Nos finais de semana saíamos para passear, eu com meus dois filhos, e ele com os dele, quase sempre pela  estrada Valinhos / Itatiba, que há época não  era asfaltada, o que tornavam os acidentes com carros muito frequentes. Ocorrendo acidentes, a "patrulha", invariavelmente, estava presente para prestar socorro, serviços mecanicos gratuitos, etc, etc.

Fazíamos amizades e tínhamos contato com a exuberante natureza  da região.

Em determinada época o condominio construiu uma pista de Motocross, o que para a "patrulha" era um desafio e, para as, "coitadas", mobilletes e as TT,s um verdadeiro sacrifício...

Após uma década e com a devastação ambiental acelerada, vendi as duas TT,S para um advogado de Santos e as mobilettes para moradores do condomínio, alem da própria chácara.

Sobraram as duas Agrales 1989, minhas desde de OKm.
Elas permanecem comigo,até hoje, em estado de novas, provocando admiração, nas síidas esporádicas que faço na Cidade de Indaiatuba-SP.

Em 2003, vi uma sucata de Vespa-M4 em um bar e a comprei por um valor irrisório e comecei a recupera-la , hoje ela é objeto de desejo,  e admirada por onde passa.

Preservar é preciso, lembrar faz bem...

Artur Vidal

São Paulo - SP

arturvidal@uol.com.br