BULTACO 50 GP

"TROCA DE IDENTIDADE"

 

 

Em 1976, Angel Nieto vence o título mundial da classe 50 cc, com uma Bultaco. 

Menos de um ano antes, essa mesma motocicleta corria com a insígnia da italiana Piovaticci.

Vamos ver a história dessa "transformação", que deu à marca espanhola 4 títulos mundiais , com Nieto e Ricardo Tormo, sendo dois de cada.


A classe de 50 cc, começou tarde no campeonato Mundial de motovelocidade, pois apenas em 1962 foi introduzida, e teve uma vida curta, pois em 1983 passa a ser 80 cc, que por sua vez, é suspensa em 1990.

A história dos "mosquitos" pode ser dividida em dois períodos bem distintos.

O primeiro vai de 1962 até o fim de 1969 e vê uma enorme disputa entre a Honda, com suas incríveis bicilíndricas 4 tempos CR110 e CR 115 de Ralph Bryans e Luigi Taveri, e a Suzuki, com a sibilante 2 tempos, pilotada pelo alemão Hans Georg Anscheidt, moto velocíssima, construída com a colaboração do piloto Ernest Degner, que fugiu da Alemanha Oriental, com os segredos do departamento de competições da MZ.

A Suzuki leva vantagem com os títulos de 62, 63, 64, 66, 67 e 68 ... 


Degner, o campeão de 1962 com sua Suzuki

... contra apenas um título, em 65, da Honda.


Honda RC 115, que foi campeã com Ralph Bryans - 1965

O segundo período, começa com o novo regulamento de 1970 e vai até a extinção da classe. O novo regulamento veta os motores pluri-cilíndricos e limita a 6 marchas o câmbio, na tentativa de conter os custos daquela que, na intenção da FIM, deveria ser a classe mais econômica do Mundial.

O novo regulamento bloqueia o nascimento de uma incrível 3 cilindros que a Suzuki estava desenvolvendo e causa o retiro da fábrica japonesa, que daquele momento em diante concentra seus recursos para a categoria rainha do Mundial, a 500 cc.

A Honda por sua vez já havia se retirado ao final de 1967.

Sem os japoneses, a 50 GP se torna um ótimo terreno de caça para os técnicos europeus, e a Derbi é a primeira a aproveitar, conquistando os títulos do biênio 1969 e 1970, com Angel Nieto.

Na temporada de 1970, a disputa de Nieto é com o holandês Aalt Toersen, que pilotou uma Jamathi, uma monociclíndrica artesanal, construída na Holanda, por dois jovens técnicos de muito futuro. 

A Jamathi não é uma novidade pois já em 1968, ainda em plena era dos pluri-cilíndicos da Suzuki, havia conquistado o vice campeonato no Mundial com outro holandês, Paul Lodewijkx.


Paul Lodewijkx e sua Jamathi, dando trabalho à Nieto, de Derbi - 1968

Atrás do projeto Jamathi estão Jan Thiel e Martin Mijwaarts. Guarde bem esses nomes pois eles influenciariam a história da classe 50 nos anos 70.

Os dois construíram uma moto inovadora e no seu desenvolvimento usaram os conceitos de várias fábricas que haviam trabalhado anteriormente.


Um dos primeiros protótipos da revolucionária Jamathi em 1972
Jan Thiel, Teo Timmer en Martin Mijwaarts

Eis os fatos !

Ao final de 1974, Egidio Piovaticci, industrial, e mentor esportivo de Eugenio Lazzarini, a quem patrocina há algumas temporadas, encarrega Thiel e Mijwaarts de construir uma 50 e uma 125 de GP, para seu piloto disputar o campeonato de 1975.

A nova moto, chamada de Piovaticci aparece numa só temporada, pois o empresário italiano acaba enfentando sérios problemas financeiros, e tem que se afastar das competições.

Mesmo assim, Lazzarini termina o ano como vice campeão, com direito a uma vitória no GP da Suécia, atrás de Angel Nieto com sua poderosa Kreidler, marca que já havia conquistado 3 títulos, em 71, 73 e 74.


Lazzarini e a Piovaticci - 1975

Isso chama a atenção da Bultaco e da Federação espanhola.

A Bultaco, está atravessando grave crise, mas com a ajuda da Federação espanhola consegue formar uma grande e competitiva equipe com o já consagrado piloto espanhol Angel Nieto e a jovem promessa Ricardo Tormo.

Assim, a Piovaticci recebe as cores da Bultaco, prosseguindo sua aventura no Mundial, consentindo ao célebre "El Cavron" conquistar dois de seus treze títulos mundiais, no biênio de 1976 e 1977.


O Rei das "cinquentinhas", Angel Nieto, "El Cavron", parte para o título Mundial em 1976, pilotando a Piovaticci / Bultaco.

A esses dois títulos mundiais, devemos juntar um terceiro, consecutivo, conquistado por Ricardo Tormo em 1978.

Depois, o vento da crise se fará muito forte também na fábrica Bultaco, fazendo Thiel e Mijwaarts novamente voltar à Itália, desta vez para a fábrica Morbidelli.

E Ricardo Tormo conquista ainda o título mundial de 1981 com a Bultaco, que marca o fim das atividades esportivas da fábrica espanhola.


Mas o que havia de tão inovador na Piovaticci de 1975, para suscitar o interesse da Federação espanhola e manter a Bultaco no ápice por tanto tempo ?

Primeiramente, quando grande parte das motos rivais, como a Kreidler por exemplo, utilizava quadro convencional, de tubos de aço, com estrutura de treliça, a Piovaticci de 1975 apresentava um belo quadro monobloco de alumínio com reservatório de gasolina incorporado, que fez escola nas 50 GP !


Belíssimo quadro monobloco !

Uma solução desse tipo não é exclusividade de Thiel e Mijwaarts, porque o  mundo das competições já havia visto isso na Ossa 250 de Herrero, na Kawasaki 500 de Offenstadt, e sobretudo na Norton monobloco de Peter Willians.


Ossa 250 monobloco usada por Santiago Herrero em 1968

Houve porém o mérito de introduzir a solução na "cinquentinha" e garantir indubitavelmente uma grande vantagem.

O monobloco consegue uma notável perda de peso perante o quadro convencional, e com uma elevada rigidez, indispensável para para percorrer rapidamente as curvas e não perder a velocidade.

Uma outra tendência dos técnicos dos "mosquitos" naquele ano era construir a moto muito baixa, para reduzir a resistência aerodinâmica da secção frontal, ganhando velocidade, e o monobloco (como foi comprovado em testes de túnel de vento da aviação militar espanhola pelos técnicos da Bultaco) era a solução ideal.

O monocilíndrico da Piovaticci tem o cilindro horizontal, refrigerado a água com admissão com válvula rotativa.


Motor horizontal, com refrigeração líquida e câmbio de rápida substituição

A escolha do monocilindrico horizontal é para abaixar o centro de gravidade, e reduzir a distância livre do solo. 

O cambio é removível de 6 marchas, o diâmetro e curso é 40 X 39,5 mm e cilindrada total de 49 cc.

O pistão é da alemã Mahle, e o virabrequim e a biela de uma outra indústria alemã, a Hoeckle.

A ignição eletrônica é da espanhola Motoplat. 

O pequeno monocilindrico consegue desenvolver uma potencia máxima de 18 CV a 15.500 rpm, e tem que girar sempre numa elevada rotação, porque abaixo de 13.000 rpm, é completamente "vazio".

Para se ter uma comparação, uma boa Kreidler (oficial), tem mais ou menos os mesmos CV, mas seu motor só rende bem, acima dos 14.500 rpm.


Mais uma solução engenhosa: A pilotagem dessas motos exige que o piloto fique totalmente dentro da bolha, se mantendo nessa posição por todo o GP. A tampa do tanque, no lugar convencional, atrapalha muito. Portanto, a tampa do tanque da Bultaco é localizada na rabeta.

O quadro monobloco criado para a Piovaticci tinha dois reforços (nervuras) laterais, na região do tanque, para aumentar a sua rigidez. A Bultaco eliminou esta solução excessiva e providenciou um "enxugamento" geral no peso da motocicleta, para que ela ficasse a apenas meio quilo do limite mínimo imposto pela FIM para a 50 GP, que era de 55 kg.


A super "magrela" de apenas 55,5 Kg !!

A balança traseira é em aço e em sua fixação trabalha um excêntrico que proporciona variar rapidamente a medida entre-eixos da moto, o que a torna mais versátil, podendo se adaptar facilmente a qualquer tipo de pista.


Detalhe do excêntrico da balança traseira

A moto mostrada nas fotos é a que Ricardo Tormo conquistou o título de 1978, lutando por toda a temporada com Lazzarini, que, depois da experiência com a Piovaticci em 1975, passou para a Morbidelli, antes de passar em 1977 a piloto oficial da Kreidler.

O Mundial de 50 cc de 1978 foi disputado em apenas 7 GPs.

A prova de abertura foi em 16 de abril, na Espanha e a final em Rijeka, na Yugoslávia, em 17 de setembro.

Em Jarama Lazzarini vence, com Tormo em segundo, e é o início de uma luta cerrada entre os dois.

No GP seguinte, em Mugello, Itália, o piloto italiano cai e quando consegue se levantar e voltar à pista, os seus adversários já completaram a primeira volta ... e com isso Tormo vence !

Em Assen, é a vez de Lazzarini vencer novamente e Tormo ficar em segundo 24 segundos atrás !

Mas nos GPs seguintes, Bélgica, Alemanha, Tchecoslováquia e Yoguslávia Tormo não deixa pra ninguém, e vence todas, graças a sua moto que funciona como um relógio, enquanto o italiano tem problemas com sua Kreidler.


Ricardo Tormo no GP da Bélgica, em busca de mais uma vitória e do título Mundial, com a Bultaco 50 cc - 1978

No último GP, na Yugoslávia, já com o título assegurado matematicamente, Tormo e sua Bultaco dão mais um show, com uma belíssima vitória !

Ao todo foram construídas três Piovaticci 50 antes que o projeto fosse encampado pela espanhola Bultaco, onde foram construídas mais seis até o fim de 1977, reconhecíveis pelo quadro monobloco sem as nervuras de reforço.

Enfim, outro lote de seis exemplares foi produzido em 1979 e que terminou sua aventura com o título mundial de Ricardo Tormo em 1981.

A fama ficou com a Espanha, o nascimento foi na Itália, os criadores holandeses, com peças alemãs ... uma bela salada, que hoje poderia ser chamada de "projeto União Européia" !

Mas a rapidíssima e revolucionária "mosquito" que encantou o mundo dos Grandes Prêmios foi sem dúvida a eterna ...

PIOVATICCI / BULTACO 50 GP

- FICHA TÉCNICA -

 


Por Ricardo Pupo
Outubro / 2005

Fonte: Revista Motociclismo d´Epoca, ano 9, nº 5, maio de 2003


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Comentários:


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Comentário dos Internautas:


Espetacular! Sensacional! Fantástico!
Apenas lamento a extinção desta categoria do cenário mundial e também do Brasil, pois estas pequenas velozes trazem uma tecnologia própria (altas velocidades e baixíssimo peso) , sem deixar de ter o carisma de uma cinquentinha, que sempre teve a função de ser a categoria-escola para o início dos jovens no motociclismo de velocidade.
Ricardo Vieira Guimarães
(rvguimaraes@ig.com.br) Segunda Feira, 31 de Outubro de 2005, às 09:21:40


Que bela máquina ! é uma pena que essa categoria tenha acabado, imaginem a que velocidade as 50cc estariam chegando hoje ! com certeza próximo dos 200 km/h ou até mais !!
Abraços,
Emilio.
(emilio@emifran.com.br) Segunda Feira, 31 de Outubro de 2005, às 09:21:43


Muito bom saber de todos esses detalhes dessas pequenas maquinas verdadeiras obras de arte que certamente influenciaram as motos de hoje, como o cambio de substituição rapida. Os caras eram genios. Pena que a categoria acabou. Já imaginou uma 80cc 2005. Otima matéria. Obrigado. 
Othon Voador Russo
(othonrusso@yahoo.com.br) Terça Feira, 1 de Novembro de 2005, às 01:01:32


Que obra de arte. Realmente é uma pena terem tirado essa categoria do cenario mundial. Parabens.
Tabajara A. Jorge
(miraassumpcao@terra.com.br) Segunda Feira, 7 de Novembro de 2005, às 16:56:54


Como el gran apasionante de Bultaco estoy muy encantado con su artículo. Sólo pinso que Ustedes no han conseguido marcar las dificultades con que Ricardo Tormo ha conquistado el título en 1981: 
Incomprensiblemente en 1981 (después de ganar el  munidal 78 y varios campeonatos de España de 50 y 125) Tormo no tenía equipo, él y su amigo Angel Carmona, compraron a fábrica las dos motos con que había ganado el mundial en el 78, eran las mismas, sólo que cambiaron las fibras y actulizaron los componentes, Tormo las puso a punto de mécanica. Y solo dos personas y una furgoneta se fueron a recorrer Europa y ganar el mundial. Tormo era el más solidario, una vez se paso la noche entera antes de la carrera reparando una moto a un rival porque decía que ganar así no tenía gloría. Con lluvía se destacaba mucho más de sus rivales, hubo una carrera (ahora no recuerdo donde) que hasta el segundo clasificado fue doblado por Tormo......
Sólo una nota más: el classe 80 ha introducido en 1984, y el último año era 1989.
Muchos saludos
Nikola Antelj de Serbia
(oljaant@eunet.yu) Sábado, 12 de Novembro de 2005, às 11:49:00

Caro Nikola: Muchas gracias por su información !


eu tenho a moto igual á da foto e que foi campea do mundo em 78, em 78 final de época foi vendida ao team caneças (portugal) e pilotada por Henrique Sande Silva no mundial e no europeu, seu mecanico SR Carmona EX mecanico de tormo foi quem tratou da moto , comprei a moto em 2003 , e já vieram de espanha varios colecionadores para a comprarem , existe a outra em barcelona , eá uma terceira igual que pertence i ien thiel ,posso enviar fotos
Lopes Silva
(armeios@mail.telepac.pt) Quinta Feira, 26 de Janeiro de 2006, às 07:54:17

Caro Lopes: Mande fotos de sua moto para enriquecer nossa Galeria !


Ricardo
parabens é pouco para elogiar suas materias estou no brasil a 26 anos e participei no autodromo do estoril em 1977/1978 de umas corridas de 50 cc com alguns dos citados angel nieto é um deles nessa altura eu corria com uma sachs 50cc preparada em casa e ia nela andando ate ao autodromo corria e voltava para casa mais do que feliz pois se ela quebrasse voltava a pé - continue e se pesquisar em PORTUGAL tem muitos aficionados que devm ter ainda algumas preciosidades guardadas a sete chaves o esporte de 50 cc nos anos 70 era muito fertil na terrinha.
parabens e continue sou seu fã e muito mais das motos em geral
VICTOR MATIAS
(vmatias@uol.com.br) Domingo, 29 de Janeiro de 2006, às 16:30:04

Valeu Victor ! Se puder, mande um relato dessas corridas (com fotos) para  nossa seção "Histórias".


agradecia que me desse o seu mail para enviar as fotos da bultaco mk 2 50 a moto não foi vendida em 78 foi em final de 81 após Tormo se ter sagrado campeão , nesse ano já havia europeu na classe 80 , em 82 carmona modificou a moto a 80 , mas henrique passou a época a partir pistons e bielas (com muitas quedas quando comandava corridas , esta moto chegou a correr com um motor kreidler , os probemas deste motor foram resolvidos com uma biela casal e piston casal- agradecia mail de vitor matias pois corri na mesma época no estoril -com o nome de Togu ou Lopes Silva  
Lopes Silva
(armeios@mail.telepac.pt) Sexta Feira, 10 de Fevereiro de 2006, às 07:35:34

Caro Lopes: nosso e-mail é mc70.1@motosclassicas70.com.br . O e-mail do Victor Matias está logo abaixo de seu comentário. Por uma falha nossa não havíamos colocado anteriormente. RP.


Na década de 70, ví as ItalJet, Mondial, CB50, etc: muita tecnologia e esportividade.. hoje!? nada...
(cesarfjr@terra.com.br) Terça Feira, 11 de Julho de 2006, às 22:23:04


Pena o fim de uma era de marcas européias. Acompanho corridas há mais de 40 anos e tive uma Java 250 e uma Yamaha quando jovem. Hoje me socorro na Internet. Montesa, Gillera,Ossa, Derbi, Minarelli, Java,MZ, Tryumph, Bultaco, MV...Meu Deus, quantas se foram...As japonesas, e agora as chinesas, coreanas, predominam no mercado. Por sinal, o Brasil sempre ficou de fora, até de marcas de carro. Bultaco! Havia duas no Rio, 250cc. Abraços.
P.A. Campello
(lagoa09cristo@yahoo.com.br) Domingo, 13 de Agosto de 2006, às 04:14:35


Estas son las categorias mas fantasticas del motociclismo, el ingenio que permite con tan poca cilindrada logar resultados sorprendentes. Dado que soy un apasionado de los 2T de baja cilindrada me gustaria recibir desarrollos de cilindros, fotos y datos tecnicos de las mismas (soy de Argentina, geograficamente muy lejos de los centros donde se produjeron estas maravillas) Muchas gracias
Abel Woodman
(alwoodman1@hotmail.com) Quarta Feira, 16 de Agosto de 2006, às 19:05:44


Gostei...Muito Bom!!! Minhas primeiras "motos"  foram Velosolex (motor dianteiro) Puch e depois uma Suzuki cinquentiha 72... Bom relembrar!
Aloísio Huet Wollner
(wollner@click21.com.br) Domingo, 8 de Outubro de 2006, às 18:10:23


Realmente una maravilla. Una  pena que se eliminase la categoria de las tacitas de cafe, se les llamaba así por la capacidad de centrimetros cubicos: 50 cc.
Yo corri los años 84 y 85 en la cilindrada de 80 cc con una Derbi.
Que años aquellos!!!!
José Fdo. Hernández
( qmotors@terra.es ) Terça Feira, 17 de Outubro de 2006, às 07:25:39


Magnifique
Cariot Christian
(rocati55@msn.com) Terça Feira, 31 de Outubro de 2006, às 21:47:10


sublime
lorenzo mauri
(magianel@hotmail.com) Terça Feira, 24 de Abril de 2007, às 16:31:55


Incrivel, parabéns por este trabalho, sou um apixonado pelos 2T, na minha juventude corri em 50cc, abandonei em 1978, gandes tempos.
Rogerio Nery
(rm.rnm@atelieropcao.com) Sábado, 6 de Outubro de 2007, às 15:04:13


Coming soon: a very exclusif interview with Jan Thiel! Interested?
Ben Looijen
 
info@jan-de-vries.info

Dear Ben: Of course we are interested ! Where is the interview ?
Regards,
Ricardo Pupo


parabens pela materia sou apaixonado pelas 50 cc adorei esa bultaco
nome = claudemir destefano bombarda
email =
bombarda@fcfar.unesp.br


é um espetaculo
nome = mario queiroz junior
email =
mariotaison@hotmail.com


Soy muy contento que todavia hay gente que se recuerda de mi moto!
nome = Jan Thiel
email =
janthiel50@gmail.com

Dear Jan Thiel: It´s a great pleasure to receive your message ! Please, send us more details of that story !
Regards,
Ricardo Pupo


A moto vencedora no Six Days de 62 com o protótipo de uma Sherpa S (Chaparral) é simplesmente maravilhosa.
nome = Bernardo Mascarenhas Franchini
email = representacoesfranchini@hotmail.com


adoro todos os tipos de motos
nome = joser vicente
email = vicenteportugal.2@hotmail.com